quarta-feira, 4 de outubro de 2017

INPE integra time vencedor da "Star Trackers: First Contact", organizada pela Agência Espacial Europeia

INPE, 28 de setembro de 2017
Márcio Afonso Arimura Fialho, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), é o brasileiro que está entre os quatro membros da equipe vencedora da competição internacional “Star Trackers: First Contact”, promovida pelo Advanced Concepts Team da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês). O desafio envolveu pesquisadores do mundo todo, durante um ano, em busca do algoritmo mais rápido e robusto para a identificação de estrelas.
“Este tipo de algoritmo é crucial para o bom desempenho de sensores de estrelas, que estão dentre os sensores de atitude mais precisos e complexos utilizados em satélites artificiais. No espaço, as referências mais precisas para determinar a orientação espacial (ou atitude) dos satélites são as estrelas. É importante conhecer e controlar bem a atitude dos satélites de forma que os instrumentos que eles carregam sejam apontados nas direções corretas”, explica Fialho.
Batizado de "Super k-ID”, o algoritmo que conquistou a vitória na competição foi desenvolvido pelo brasileiro junto com David Arnas, do Centro Universitário de la Defensa (CUD), da Espanha, e Christian Bruccoleri e Daniele Mortari, da Universidade Texas A&M (TAMU), dos Estados Unidos.
O tecnologista do INPE liderou os esforços para codificação, depuração, teste e aprimoramento do Super k-ID. “Há no INPE o projeto de desenvolvimento de um sensor de estrelas”, destaca Fialho.
Um sensor de estrelas é um equipamento usado em satélites para determinar sua orientação no espaço. Em resumo, consiste de uma câmera computadorizada que compara as estrelas observadas com uma lista de estrelas catalogadas, armazenadas na sua memória interna. Desta comparação, é capaz de calcular a orientação espacial (ou atitude) do satélite.
O software de um sensor deve ser muito rápido e confiável para discriminar as estrelas reais de outros objetos que podem estar presentes na imagem, como planetas, reflexos de detritos ou outros satélites, por exemplo. Daí a relevância da competição da ESA para a criação de algoritmos destinados à identificação de estrelas.
“Por parte do INPE o mérito não é só meu, mas de toda a instituição. Sem o apoio de minha família e de várias pessoas dedicadas no INPE, AEB (Agência Espacial Brasileira) e CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), assim como nas instituições parceiras (TAMU e CUD), com certeza não chegaríamos a esta vitória”, diz Fialho, que atua na Coordenação de Engenharia e Tecnologia Espacial do INPE, em São José dos Campos (SP).

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