sexta-feira, 1 de setembro de 2017

De cidade industrial a pólo tecnológico

O Vale
Paula Maria Prado
1° de setembro de 2017

Foto: Charles de Moura/PMSJC

Cerca de R$ 2 bilhões entre investimentos do setor privado e dos governos estadual e federal. Esse é o montante recebido pelo Parque Tecnológico nos últimos dez anos. Criado em 2006 com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento industrial, especialmente de São José dos Campos, o espaço contabiliza hoje um retorno de R$ 11 para cada R$ 1 investido pela prefeitura em sua criação e manutenção.

Ligado a setores pré-existentes na cidade, mas de olho na manutenção das empresas locais no mercado competitivo global -, o proposto do parque é fortalecer o setor aeroespacial e de defesa, sempre dependente de novas tecnologias. Aliás, o fortalecimento e a renovação de outras cadeias industriais, tais como automotiva, óleo e gás, tão importantes para a região, e o incremento do desenvolvimento de tecnologias da informação e da comunicação também estão entre as metas.

“As empresas que estão no parque querem se destacar pelo seu arrojo tecnológico, pela sua ousadia em apresentar produtos, processos ou serviços inovadores, sua disposição em abrir novos mercados e sua busca por competitividade tanto no mercado nacional como global”, afirmou José Roberto, diretor de comunicação do parque. “Elas não estão aqui para fazer mais do mesmo, mas, sim, para se diferenciarem pela inovação”.

São 49 empresas residentes apenas nos centros empresariais, mas a ambição é grande. “Queremos gerar um novo polo de desenvolvimento urbano, o que será possível com o estímulo a empreendimentos imobiliários na Zeptec (Zona Especial do Parque Tecnológico), com 25 milhões de metros quadrados”, afi rmou o porta-voz.

“Contribuímos para a economia de São José por meio da gestão daquilo que é chamado de APL TIC Vale (Arranjo Produtivo Local de Tecnologias da Informação e Comunicação) e do Cluster Aeroespacial e Defesa. Ambos arranjos contam atualmente com mais de 150 empresas associadas, a maioria delas sediadas na cidade”, continuou.

Ou seja, somando as empresas e instituições que estão no espaço, o Parque Tecnológico é considerado o maior complexo de inovação e empreendimento do país.

União

“A união faz a força”. Nunca antes o ditado fez tanto sentido no ambiente empresarial. As parcerias entre empresas que têm nascido dentro do parque auxiliam no desenvolvimento de projetos.

O parque possui laboratórios, ambientes de testes e ensaios, e facilita o contato com agentes financiadores de projetos. “Uma de nossas empresas residentes, a Athos, que desenvolve sistemas de gestão para varejo, já abriu uma filial no Equador e está planejando outra na Espanha. Isso, graças ao fato de ela estar no Parque”, comemora José Roberto.

E a aposta para o futuro da cidade é alta. “Queremos que daqui alguns anos este parque perca o sentido de existir. Ou seja, que todas as empresas tenham as mesmas ambições daquelas que estão hoje conosco e tenham condições de buscar a realização dessas ambições”, afirmou o diretor.

Quem está no Parque:

•49 empresas residentes nos Centros Empresariais

•18 empresas na Incubadora

•Oito empresas de grande porte ou empresas-âncora

•82 empresas associadas ao APL Aeroespacial e Defesa

•69 associadas ao APL TIC Vale

•28 microempresas nas Galerias do Empreendedor

•Três empresas localizadas na ZEPTEC

•Cinco instituições de ensino e pesquisa

•Quatro instituições de ciência e tecnologia

•Três entidades da sociedade civil

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