segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Força Aérea Brasileira busca novo modelo para exploração espacial

Portal Brasil
26 de outubro de 2016

No próximo mês será inaugurado em Gavião Peixoto (SP) o centro de desenvolvimento do Gripen NG, novo avião de caça da FAB

Proposta do Comando da Aeronáutica é investir em satélites ópticos e de observação da Terra de órbita baixa com lançador apropriado.

A necessidade de um novo conceito brasileiro para exploração da área espacial foi um dos assuntos na pauta do encontro do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, com o ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (Mctic), Gilberto Kassab.

A reunião, realizada nesta terça feira (25), em Brasília, contou com a participação do Alto Comando da Aeronáutica, do secretário executivo e do secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento da pasta, além de assessores do MCTIC.

"Começamos [o Programa Espacial Brasileiro] junto à Índia e China e estamos bem atrasados nesse assunto", afirmou o Comandante. Ele relata que, em recente visita à Índia, pôde constatar a diferença no nível de desenvolvimento entre os dois países nessa área. Entre os principais gargalos está a falta de investimento.

De acordo com o oficial-general, a nação indiana investe cerca de nove bilhões de dólares por ano apenas em desenvolvimento tecnológico. “Em valores absolutos, a Argentina investe dez vezes mais que o Brasil na área espacial”, complementou.

A proposta do Comando da Aeronáutica para o novo modelo brasileiro de exploração espacial é investir em satélites ópticos e de observação da Terra de órbita baixa com lançador apropriado e buscar acordos com países que detêm tecnologia nesse segmento.

O Tenente-Brigadeiro Rossato ressaltou, ainda, a necessidade de fomentar o assunto junto às demais instituições da área espacial. Uma das grandes vantagens desse estreitamento seria o uso compartilhado de imagens geradas por satélites por diversos órgãos ministeriais para o controle das fronteiras.

Um exemplo prático desse tipo de sinergia ocorreu durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, quando o satélite israelense EROS-B (Earth Remote Observation System-B) abasteceu órgãos de inteligência envolvidos nos eventos.

Desenvolvimento tecnológico

O Comandante Rossato também enfatizou a estreita relação entre o Comando da Aeronáutica e o Mctic sob o aspecto de desenvolvimento de tecnologias.

Como exemplo, o oficial-general expôs a transferência de tecnologia, o intercâmbio de profissionais, o potencial de exportação e a geração de empregos de alta tecnologia como alguns dos benefícios para o País a partir dos projetos Gripen NG – o novo avião de caça da FAB – e o cargueiro reabastecedor KC-390.

“São coisas fundamentais para o futuro do Brasil”, enfatizou o Tenente-Brigadeiro Rossato sobre o transbordamento das tecnologias para outros setores econômicos além da defesa. No próximo mês, por exemplo, será inaugurado em Gavião Peixoto (SP) o centro de desenvolvimento do Gripen NG.

Para o ministro Kassab, o Mctic e o Comando da Aeronáutica têm muita convergência. “A Aeronáutica tem o seu desenvolvimento essencialmente baseado na tecnologia. Nossa disposição, portanto, é dar todo apoio onde seja necessário para que ela possa atingir seus objetivos”, avaliou o ministro.

Segundo Kassab, os dois órgãos demonstraram disposição para trabalhar em uma agenda conjunta de prioridades e que, com isso, é mais fácil acertar. “Vamos definir em conjunto as prioridades que ainda não foram definidas”, concluiu.

Um comentário:

  1. Primeiro é urgente que as forças armadas sejam as únicas gerentes e extrativistas do Niobio brasileiro. Em decorrência desta transferência da licença privada para as forças armadas, mesmo que terceiros e parte dos serviços com empresas privadas (onde sair mais barato), nada melhor do que investir na exploração espacial. As parcerias na exploração do niobio deveriam ser com preferência às empresas brasileiras, na falta destas (e quando mais barato). Gera autofinanciamento às Forças Armadas, diminui o custo das Forças Armadas para a nação, controlaria o contrabando do minério para finalmente o dinheiro deste voltar todo ao Brasil.

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