domingo, 25 de setembro de 2016

Para Diretor da AEB, pesquisa espacial deve atender às necessidades da sociedade e do País

MCTIC
23 de setembro de 2016

Petrônio Noronha - Diretor de Políticas Espaciais da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Em palestra no MCTIC, Petrônio Noronha de Souza destacou a importância dos produtos e serviços desenvolvidos nas áreas de sensoriamento remoto, telecomunicações, previsão climática e prevenção de desastres naturais. "Nosso interesse é conseguir atender as necessidades nacionais", disse.

O Programa Espacial Brasileiro tem por meta atender às demandas e necessidades da sociedade e do país. A afirmação é do diretor de Política Espacial e Investimentos Estratégicos da Agência Espacial Brasileira (AEB), Petrônio Noronha de Souza. Segundo ele, o Brasil deve investir na busca de melhores produtos e serviços desenvolvidos a partir da pesquisa espacial. Entre as áreas consideradas prioritárias estão a utilização de satélites nas áreas de sensoriamento remoto, previsão climática, telecomunicações e prevenção de desastres naturais.

"Fazer um sensoriamento remoto melhor, ter aplicativos e produtos que auxiliem as demandas do governo para a execução de políticas públicas, ter telecomunicações que atendam de forma mais ampla a população e integrem mais o país. Ter uma meteorologia de precisão que possa mitigar desastres naturais e os impactos econômicos. O nosso interesse é conseguir atender, de uma forma mais ampla e eficaz, as necessidades nacionais", disse.

Petrônio de Souza, que participou do Ciclo de Seminários MCTIC 2016 com o tema "Programa Espacial Brasileiro: Políticas, Projetos e Desafios", destacou os serviços climáticos oferecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) como "de referência". "É uma gama de serviços que tem impactos diretos na vida da população, seja na previsão climática ou no alerta de desastres naturais", observou.

Na área de telecomunicações, ele ressaltou que o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) será um importante aliado para aumentar a oferta de banda larga no país. O equipamento está em construção na França – com a participação de técnicos brasileiros – e tem previsão de entrada em operação em 2018.

Capacitação

Um dos desafios enfrentados pelo setor aeroespacial brasileiro é a renovação de recursos humanos nos setores público e privado. Na avaliação do diretor da AEB, é necessário estimular o interesse dos jovens por carreiras ligadas a estas atividades.

"Por um lado, temos que repor os quadros essenciais dos órgãos executores e, ao mesmo tempo, é necessário que a indústria esteja presente no desenvolvimento dos recursos humanos. A AEB atua junto aos cursos de engenharia aeroespacial do país e na divulgação científica por meio da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. São passos iniciais e importantes para estimular o jovem a seguir uma carreira no setor espacial", afirmou.

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